sábado, 26 de setembro de 2009

Judaísmo messiânico, o que é isso?

Se eu sou judia messiânica? Não. Não faço parte do que se chama atualmente no Brasil de judaísmo messiânico. Judaísmo messiânico nos moldes brasileiros, com raríssimas exceções, é para igreja evangélica "restaurando raizes judaicas". O judaísmo messiânico nos moldes brasileiros, repito, com raríssimas exceções, é um arremedo triste e periférico do verdadeiro judaísmo. Isso mesmo, daquele professado e vivido por Yeshua de Nazaré, que nunca pretendeu fundar qualquer nova religião.

Se eu acredito que Yeshua de Nazaré é o messias esperado por Israel e prometido no Tanach? Sim, integralmente. Com base em pesquisas profundas e objetivas. Mas isso é outra história, que um dia conto.

O fato é que "restaurar raízes judaicas" é muito mais do que soprar no shofar, celebrar festas à moda showbiz, vestir talit e kipá, abrir arca, passear com rolo ou falar palavras hebraicas como se fossem códigos para a abertura de alguma caixa-forte espiritual.

O "restaurar as raízes judaicas" verdadeiro é voltar lá no texto dos evangelhos e seguir direitinho o que o Filho do Homem (vide Daniel 7) falava e imitá-lo no que ele vivia. Porque infelizmente o que anda por aí é o espírito da Inquisição, naqueles que se enchem de ódio, acusam e matam espiritualmente o diferente, segregando-o por ele não acreditar da mesma forma.

Seguir Yeshua é muito mais do que crer apenas na teoria de que ele morreu na cruz para nos salvar, criando um estilo de vida totalmente esquizofrênico: acredito, mas isso não provoca em mim efeito algum. Não muda minha vida em nada.

Vestir talit como uma capa de superhomem, "fazer parte" de um povo especial, comemorar festas coloridas pode ser apenas mais um alimento para o ego, se não vier acompanhado da verdadeira mudança: viver em amor, verdade e justiça, como Yeshua viveu. Isso é restaurar raízes. O resto é balela e pirotecnia, que apenas alimenta e reforça a compreensível ogeriza judaica por tudo que se assemelhe, por mais de longe que seja, à Inquisição do passado.

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